domingo, 20 de novembro de 2011

o que resta...

como gerir tanta frustação
quando me lembra o passado
opressão que trás a sensação
entre o nostagico e o angustiado

tanta perda de energia
tanto tempo parado
como se por magia
eu não estivesse acordado

lembro de tudo
do que quero e não quero
do que não procuro
do que não fujo

das ambiguidades
dos desvaneios
das contrariedades
dos anceios

por cada obstaculo que passei
houve outro em que tropecei
por cada flor que apanhei
uma outra eu pisei

cada segundo me marca
nesta longa caminhada
a carga é pesada
quase não sinto a passada

ainda cheiro o colo
deixo-me estar
assim me consolo
este é o meu lugar

relembro o tempo
das aventuras
sempre sem medo
procurando ruturas

de historia em historia
se faz a memoria
numa mente que voa
mas não se perdoa

saudades dele
saudades dela
de meu ar quente
na noite que gela

quanto mais vou aguentar
no que me resta para andar
tropeço no ar
já me sinto vassilar

oh amor
esse eu dei
sobrou a dor
que nem chamei

mas eu lembro
cada momento
da sua paixão
da minha ilusão

dos seus carinhos
das suas ternuras
de todos beijinhos
de todas aventuras

fui um amor impossivel
por vezes ingrato
quase inatingivel
e nunca sensato

assim nasceu
esta solidão
que tanto cresceu
no meu coração

Sem comentários:

Enviar um comentário