domingo, 30 de outubro de 2011

"O"

1...2...1...2
inspira...expira....
relaxa...relaxa...
um beijinho,
um abraço,
um carinho,
uma timida conversa,
um toque inofencivo,
uma troca de olhares,
um sentir aconchegante,
um avanço,
um recuo,
uma noite perdida,
uma noite sentida,
um chá, um café...
o descobrir,
o perceber,
o entender,
o partilhar,
e assim brotou!!!
mal caminhava...
entre suspiros e sorrisos,
entre medos e dúvidas,
depressa estremeceu!!
logo se encolheu...
e por fim se escondeu!!
mas não morreu...

sábado, 29 de outubro de 2011

nada...

entre o frio que me enrola
a nostalgia me consola...
busco no porquê
nem sei eu bem o quê!

como me sinto aliviado
deste fardo pesado
nem sinto a emoção
a vida tem sempre razão

uma coisa eu sei
não vou querer mudar
nem te procurei
e assim vou continuar

como nasceu do nada
e do nada tentou crescer
afinal era tão nada
que depressa o nada morreu

opções

a natureza no seu caminho,
calmo, agreste, dócil ou
nem tanto assim...
nos ensina que é no ritmo,
que nem sempre encontramos,
que deambulamos!
sem encontrar o que procuramos,
vimos quando paramos...
que perdemos o que amamos

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

amargura...

como destinguir??
amor ou dor?!
perseguir?...
desistir!...
lembro sempre
recordo sem dor
é um só presente
os momentos de amor
nesta minha solidão
mesmo que por opção
amarguro a vida
arrasto a existência
com alma perdida
vivo sem exigência

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

tãotão longe...

afinal mais uma historia de amor...
uma loucura sem sentido...
um rasgo perdido...
uma rasteira do destino...
já não sei que escrevo
nem porque escrevo
quero estar perto
não sei outro caminho!
queria acarinhar-te
queria tocar-te
queria sentir-te
queria ouvir-te
queria cheirar-te
queria simplemente amar-te!!!!!!

domingo, 23 de outubro de 2011

noite

o olhar inquieto
naquele jeito assustado
tirava-me um sorriso
muito desengonçado

a sua beleza vem da luz
os traços trazem marcas
o que seu rosto traduz
não está nas palavras

sinto-a em cada respiração
gosto da sua paixão
assim a cada pulsar
estou mais perto de a amar

não consigo acertar o passo
tenho medo de magoar
quando penso que estou perto
sinto algo a separar

nada sei dela
apenas seu olhar
acalma-me a sua voz
gosto do seu encostar

cada contato me arrepia
o seu jeito me consola
emana aquela magia
que o meu coração não controla

sábado, 22 de outubro de 2011

um passo...

não encontro...
será por procurar?
não te vejo...
será por tanto amar?
tão longe...
tão perto...
tou cansado...
deste deserto!
tento sorrir,
abrir o coração...
tento sentir,
foge-me a mão!
vivo a esperança...
luto por mim!
crio a lembrança...
eterna, sem fim!
mesmo sem razão
olho teu sorriso
levo-te então
para meu paraíso
veste lilás,
parece rosa,
quero que vás
assim, airosa...

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

eras tu miuda...

eras tu miuda
a sonho da minha vida
a sereia que espreita na rocha
a musa que inspira os meus pensamentos
a deusa das minhas preces
a estrela do meu céu
o sol que me aquece
o vento que me desperta
a brisa que me acorda
a nuvem que me enrola
a ilusão sem sentido
a esperança ao longe
a minha miuda...
eras tu assim!!

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

tu...

só te quero dizer...
que tou aqui!
assim...sem saber,
a olhar para ti...
embalas meu coração,
alegras meu pensamento,
crias esta emoção...
e este sentimento
o teu sorriso começa...
o meu espirito voa...
a minha mente tropeça,
os sentidos ficam a toa!
agora vou partir...
com toda esta saudade,
mas volto a sorrir...
tu és uma prioridade!

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

filhos...

essa cena da depressão,
que parece tirar-nos o chão,
quando acumulamos tanta tensão,
...é preciso ter alguém à mão!!
é um bem precioso,
ter um amigo por perto,
limpa-nos as lágrimas,
enchuga-nos o coração!!
fico feliz....
por não sair de casa,
e assim vem e vai...
e a força renasce...
num sorriso de ternura,
numa expressão de tolerãncia...
quando o amor nos rodeia,
a fraqueza vira animação,
o desespero vira determinação,
o sol rasga as nuvens,
a esperança enche teu coração!!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

o tempo sem ti...

foi uma vida inteira,
e eu não dei por isso...
agora que te conheço!
cada minuto é uma hora!
cada hora parece eterna!
por isso esta necessidade,
de vir aqui falar contigo,
contar-te o que eu sinto!
sei que não faz o teu género,
este jeito meio lamechas...
mas eu não sei,
outro jeito de clamar...
pela tua presença!!!
sinto tudo em reboliço,
vejo-te por todo o sitio,
entraste por mim...
sem pedir licença...
não te anunciaste...
apenas me resgataste...
olho-te, vejo-te sorrir...
fecho os olhos...
imagino que é para mim!!
vejo os teus traços...
lembro tuas palavras...
agarro teu jeito...
sinto tudo perfeito...
só o mundo me faz parar!
e ficar a pensar...
nada disto faz sentido,
eu achar que te possa interessar...

desejo

só! lembro dela,
não vou mais pedir
para ela vir...
olharei pela janela!
ficarei assim no meu canto,
lamentarei a sua ausência
resistirei a sua essência...
admirarei seu encanto!
assim sem meios,
não rastejarei pelo amor
esse caminho trás dor...
pensarei nos meus passeios!
olharei o mar,
ainda que em cada imagem
ela será sempre uma miragem...
que eu irei sempre desejar!

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

tristeza

e a vida continua...
posso parecer um rufia,
mas a minha é nua,
e eu sigo minha via
cambaleando eu dou passos
certos e incertos...
por vezes vou ao acaso
lento mas sempre desperto
cabe-me a escolha
salta-me a duvida
falo verdade
ouvem mentira
não sei escrever
nem sei rimar
mas luto todos os dias
para voltar a amar...
da tristeza faço força
da amargura colho dor
sigo sempre a vida
nunca guardo rancor

só...

nada mais faz sentido
arrasto a solidão comigo
tento esconder em vão
o vacuo do meu coração

nestes dias sombrios
lembro a desilusão
recordo desafios
limito a ilusão

acordo sem par
vivo sem parar
arrasto o tempo
esqueço o momento

domino o sentir
descarto a vontade
tento fingir
a minha realidade

sábado, 15 de outubro de 2011

sombras...

sem querer eu me desligo
sem dor eu me castigo
sem luz vivo no escuro
já nem sei o que procuro

olho sem encanto
envolto no meu pranto
aqui jaz a esperança
falta perseverança

projeto o futuro
guardo o passado
esqueço o presente
tropeço parado

um caminho não vejo
não sei o que protejo
queria tanto ser
para poder ter

entre mim e eu
nada faz sentido
reclamo iludido
o que se perdeu