quarta-feira, 27 de novembro de 2013

não, sim...

de tanto não que blasfemo
acabo sozinho
neste mundo pequenino
tão perto do inferno
sou um
entre muitos
agreste comigo
gesto comum
perdido por nada
confuso por tudo
aguardo uma vaga
que me traga o futuro
resignado no silencio
na sombra da vida
procuro as memorias
encontro umas historias
neste sol que me cança
pesa essa ruga
cresce essa barba
solta-se um mermurio
basta, basta...
que solidão nefasta
que procura incessante
que busca intensa
que retura marcante
desse dia de verão
com calor escaldante
esse ceu brilhante
quando era errante
já mais perto de mim
tento o sonho
acordo por fim
mermurando, sim, sim...