sábado, 18 de fevereiro de 2012

sem resultado...

como se saí?
se não sabemos por onde entramos...
como se vai?
se não sabemos para onde vamos...

onde está o caminho
se não vemos o trilho
assim não vou chegar
por muito que andar

esta minha anemia
com gosto depressivo
trás a nostalgia
com ar arrependido

estou perto de ti
tenho-te no meu peito
ainda me olhas assim
mas eu não tenho jeito

a tua suavidade me embala
a tua voz me encanta
o teu ser feito do nada
é o aconchego de uma manta

com a mente em turbilhão
não consigo descançar
escrevo-te então
para poder acalmar

não te posso ver sofrer
e assim nada te digo
deixo o amor arrefecer
até ficar perdido

quanto tudo parece mau
e já nada faz sentido
venho depressa escrever
mesmo para não ser lido

eu preciso do amor
como se água fosse
resta-me esta dor
salgada e doce